Abandono afetivo em 2025: quando o tempo perdido cobra um preço alto

Abandono afetivo é mais do que dor emocional — é uma questão jurídica. Saiba por que filhos estão processando pais ausentes e como buscar seus direitos.


Introdução

O abandono afetivo é uma realidade dolorosa e cada vez mais discutida no campo jurídico e social. Trata-se de um problema sério, que deixa marcas profundas em quem cresce sem o apoio, a atenção e o afeto de um dos pais. Imagine viver toda uma vida sem a presença de um genitor — sem ligações, sem visitas, sem apoio. E então, anos depois, essa pessoa aparece buscando carinho… ou até uma parte da herança.

Esse tipo de reaproximação tardia tem gerado revolta, indignação e, principalmente, ações judiciais. Filhos que sofreram com o abandono afetivo têm buscado justiça através da responsabilização civil e até mesmo da exclusão desses pais de heranças. Entenda neste artigo o que caracteriza o abandono afetivo, o que diz a lei, e quais são os caminhos legais para quem passou por isso.


O que é abandono afetivo e por que ele é tão grave?

Abandono afetivo é o nome jurídico para a ausência injustificada de um dos pais na vida do filho — não apenas no aspecto financeiro, mas, principalmente, no emocional. Isso envolve a falta de presença, de apoio psicológico, de participação na criação e na formação da criança.

A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente deixam claro que é dever dos pais assegurar a convivência familiar e o desenvolvimento emocional dos filhos. Portanto, o abandono afetivo é visto não apenas como uma falha moral, mas como violação de um dever legal e constitucional.


Abandono afetivo pode gerar indenização?

Sim. A jurisprudência brasileira tem reconhecido o abandono afetivo como motivo para indenização por danos morais, justamente pelo sofrimento causado ao longo da vida de quem foi deixado para trás. Tribunais, inclusive o Superior Tribunal de Justiça (STJ), já consideraram que o afeto é um dever jurídico — e sua omissão pode gerar responsabilidade civil.

Não se trata de obrigar alguém a amar, mas de responsabilizar quem deliberadamente negou o direito de convivência e apoio emocional a um filho.


Abandono afetivo e o direito à herança

Um ponto especialmente sensível é quando o pai ou a mãe que abandonou o filho reaparece anos depois querendo participar da herança. Isso acontece mais do que se imagina, e é um verdadeiro gatilho emocional para muitos filhos.

Pela lei brasileira, a filiação garante o direito à herança, mas há exceções. Filhos que sofreram abandono afetivo podem recorrer à Justiça para tentar excluir o genitor da herança por indignidade, ou mesmo por deserdação, desde que existam provas suficientes da negligência e do sofrimento causado.


Por que filhos estão processando pais ausentes?

Processar um pai ou mãe por abandono afetivo não é um gesto de vingança — é um ato de justiça e de autorreconhecimento. Muitos filhos carregam traumas e marcas emocionais profundas pela ausência de quem deveria cuidar, amar e orientar.

As ações judiciais por abandono afetivo servem para que a dor seja reconhecida legalmente, e também para alertar a sociedade sobre o impacto devastador dessa ausência. Mais do que indenizações, esses processos representam reparação moral e emocional.


Como provar o abandono afetivo?

Em geral, é preciso reunir provas da ausência do genitor ao longo dos anos, como:

  • Testemunhos de parentes e amigos próximos;

  • Ausência de visitas documentadas;

  • Falta de participação em eventos importantes;

  • Negligência de obrigações básicas (como contato, suporte emocional e até mesmo financeiro).

Cada caso é analisado individualmente, com base nos impactos causados à saúde emocional e no histórico de abandono.


Conclusão

O abandono afetivo é uma das formas mais cruéis de negligência. Ele não apenas destrói laços familiares, mas deixa feridas emocionais profundas, que muitas vezes acompanham a pessoa por toda a vida. Felizmente, o Direito de Família tem evoluído para reconhecer e amparar quem passou por essa dor.

Se você viveu ou conhece alguém que enfrenta essa situação, saiba que existe respaldo legal para buscar justiça e respeito à sua história. O abandono afetivo não deve ser ignorado — ele deve ser enfrentado com coragem e orientação jurídica adequada.


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imagem via site amenteemaravilhosa.com.br

Juliana Barreto

advogada

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