2025: Alienação Parental — O Que É e Como Identificar Essa Prática Nociva

Entenda o que é alienação parental, como identificá-la e de que forma o advogado pode ajudar juridicamente na proteção da criança. Saiba mais sobre os impactos em 2025.


Introdução

A convivência familiar saudável é essencial para o desenvolvimento emocional de uma criança. No entanto, quando há conflitos entre os pais — especialmente em casos de separação ou divórcio — pode surgir um fenômeno prejudicial e silencioso: a alienação parental.

Essa prática envolve atitudes de um dos responsáveis que, de forma consciente ou inconsciente, buscam afastar a criança do outro genitor. Em 2025, o tema continua sendo amplamente discutido nos tribunais e nas rodas de conversa entre profissionais do direito, psicologia e educação.

Mas afinal, o que é alienação parental, como identificá-la e como o direito pode proteger os filhos desses danos? É sobre isso que vamos tratar neste artigo.


O que é alienação parental?

Alienação parental é o termo utilizado para descrever a interferência na formação psicológica de uma criança ou adolescente, feita por um dos genitores (ou avós, tios, responsáveis), com o objetivo de afastá-lo do outro responsável legal.

Essa prática pode se manifestar de diversas formas, como:

  • Falar mal do outro genitor para a criança;

  • Impedir ou dificultar visitas e contatos;

  • Inventar mentiras sobre o comportamento do outro pai/mãe;

  • Criar situações que forcem a criança a “escolher um lado”;

  • Omitir informações importantes sobre a rotina da criança;

  • Manipular sentimentos de medo, raiva ou culpa.

A Lei nº 12.318/2010 é a legislação brasileira que trata especificamente sobre a alienação parental, reconhecendo seus efeitos nocivos e permitindo que o Judiciário atue para proteger a criança.


Impactos psicológicos da alienação parental

A alienação parental causa danos profundos à saúde mental das crianças e adolescentes envolvidos. Entre os principais efeitos, destacam-se:

  • Ansiedade e depressão;

  • Dificuldades de relacionamento e confiança;

  • Baixa autoestima;

  • Desempenho escolar prejudicado;

  • Sensação de culpa por amar o genitor “afastado”;

  • Confusão emocional e instabilidade afetiva.

O sofrimento da criança pode se estender para toda a vida adulta, prejudicando sua capacidade de estabelecer vínculos saudáveis e sua relação com figuras de autoridade e afeto.


Como identificar a alienação parental?

Nem sempre é fácil identificar a alienação parental, já que ela pode ocorrer de forma sutil. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Mudança repentina de comportamento da criança em relação a um dos pais;

  • Rejeição sem justificativas claras;

  • Uso de palavras ou argumentos que parecem “ensaiados”;

  • Medo ou raiva sem fundamento concreto;

  • Isolamento afetivo com familiares ligados ao genitor alienado;

  • Recusa a ir para visitas mesmo com decisões judiciais.

Ao notar esses sinais, é fundamental buscar ajuda profissional — psicólogos, assistentes sociais e, claro, advogados especializados em direito de família.


Como o advogado pode atuar nesses casos

O papel do advogado é fundamental para combater a alienação parental e garantir os direitos da criança e dos pais afetados. As principais formas de atuação são:

  1. Ação judicial com base na Lei da Alienação Parental
    O advogado pode ingressar com pedido de apuração e responsabilização da conduta do genitor alienador, solicitando medidas corretivas, como advertência, alteração da guarda, ou até suspensão da autoridade parental.

  2. Solicitação de acompanhamento psicológico
    Pedir que o juízo determine acompanhamento por equipe multidisciplinar (psicólogos, assistentes sociais), para avaliar o estado emocional da criança e das partes envolvidas.

  3. Pedido de guarda compartilhada ou alternada com fiscalização
    Requerer alteração na guarda para proteger a criança, garantindo convivência saudável com ambos os genitores.

  4. Acordos extrajudiciais com cláusulas de convivência clara
    Quando possível, orientar os pais a criarem um plano parental que respeite o vínculo familiar da criança com ambos.


Como os pais podem proteger seus filhos da alienação

  • Evite falar mal do outro genitor na frente da criança, mesmo em momentos de raiva ou frustração;

  • Promova o vínculo com o outro responsável, estimulando encontros, chamadas de vídeo e convivência;

  • Respeite as decisões judiciais, mesmo que não concorde;

  • Seja transparente com os sentimentos da criança, incentivando que ela expresse emoções de forma segura.

Mais do que evitar litígios, o objetivo é preservar o bem-estar da criança — que tem o direito de conviver com ambos os pais de forma saudável.


Conclusão

Em 2025, a alienação parental continua sendo uma realidade delicada que exige atenção, empatia e ação rápida. Proteger os filhos dessa prática é um dever de todos os adultos responsáveis.

O papel do advogado vai além do jurídico — ele atua como um mediador, defensor e agente de transformação. Ao identificar sinais de alienação, é essencial buscar orientação especializada para que o direito da criança à convivência familiar seja preservado.

Para mais informações sobre alienação parental e como proteger o vínculo com seus filhos, acesse nossas redes sociais @julianapbarretoadv. Informação é o primeiro passo para defender quem mais precisa.

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A imagem destacada foi utilizada do site clinicaintelecta.com.br

Juliana Barreto

advogada

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