2025: Direitos da Criança na Adoção — O Papel do Advogado na Proteção em Situações de Vulnerabilidade

Entenda os direitos da criança na adoção, o papel essencial do advogado, os trâmites legais do processo e como garantir a proteção de menores em vulnerabilidade em 2025.


Introdução

A adoção é um ato de amor, mas também um processo jurídico que exige seriedade, preparo e total atenção aos direitos da criança. No Brasil, milhares de menores aguardam por um lar definitivo. No entanto, o caminho até a adoção legal e segura pode ser longo e complexo, especialmente para crianças em situação de vulnerabilidade social.

Por isso, é fundamental compreender não apenas o trâmite legal, mas também o papel do advogado na garantia dos direitos da criança na adoção — desde a guarda provisória até a decisão definitiva.


O que diz a lei sobre adoção no Brasil

A adoção é regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em especial pelos artigos 39 a 52. A legislação prevê que toda criança tem direito a:

  • Conviver em família, seja ela biológica ou adotiva;

  • Ser ouvida e respeitada durante o processo;

  • Ter acesso à educação, saúde e dignidade;

  • Passar por um processo de adoção seguro, legal e livre de interesses ilícitos.

  • incluindo muitos outros direitos da criança.

Além disso, o processo de adoção deve priorizar o melhor interesse da criança, respeitando seu histórico, idade, vínculos afetivos e estado emocional.


Etapas do processo de adoção

  1. Cadastro dos adotantes
    Qualquer pessoa maior de 18 anos pode se candidatar, desde que tenha pelo menos 16 anos de diferença em relação à criança a ser adotada. O cadastro é feito na Vara da Infância e Juventude.

  2. Estudos psicossociais
    Os candidatos são avaliados por assistentes sociais e psicólogos para verificar se estão aptos emocionalmente e estruturalmente a adotar.

  3. Habilitação e inclusão no Sistema Nacional de Adoção (SNA)
    Após a aprovação, os adotantes são inseridos no SNA e passam a aguardar o surgimento de uma criança compatível com seu perfil.

  4. Guarda provisória
    Ao ser indicada uma criança, inicia-se um período de convivência com guarda provisória, supervisionada por equipe técnica e pelo Judiciário.

  5. Sentença de adoção definitiva
    Somente após o acompanhamento e avaliação positiva da convivência é que a adoção é homologada em caráter definitivo.


O papel do advogado na adoção

O advogado tem função essencial em todas as fases do processo de adoção, especialmente nos casos mais sensíveis, como:

  • Garantir que os direitos da criança sejam respeitados;

  • Evitar ilegalidades, como adoções informais (sem registro);

  • Acompanhar pedidos de guarda provisória e definitiva;

  • Representar adotantes em processos que envolvam disputas com famílias biológicas;

  • Atuar junto ao Ministério Público e à Vara da Infância em casos de abandono, negligência ou violência.

Além disso, nos casos em que há adoção por familiares (como avós, tios ou irmãos), o advogado atua para acelerar os trâmites e garantir a permanência da criança em um ambiente já afetivo.


Desafios enfrentados no sistema de adoção para os direitos da criança

Apesar da legislação protetiva, o processo de adoção no Brasil ainda enfrenta muitos obstáculos:

  • Prazos longos devido à burocracia e à falta de estrutura no Judiciário;

  • Pouca procura por crianças mais velhas, grupos de irmãos e com deficiência;

  • Casos de adoção irregular, que prejudicam a criança e os adotantes;

  • Falta de acompanhamento psicológico contínuo após a adoção definitiva.

O advogado, ao atuar com sensibilidade e ética, pode ser um agente de transformação nesse processo, assegurando que nenhuma criança tenha seus direitos violados.


Guarda provisória e definitiva: diferenças importantes

A guarda provisória é concedida para permitir que a criança conviva com os adotantes antes da sentença final. Durante esse período, ela ainda não tem sobrenome alterado nem vínculo legal definitivo.

Já a adoção definitiva é irrevogável e confere ao adotado os mesmos direitos de um filho biológico, incluindo herança, sobrenome e registro civil.

Por isso, o acompanhamento jurídico durante a fase provisória é essencial para garantir que a transição seja feita com segurança e apoio legal.


Conclusão

A adoção é uma das formas mais belas de garantir direitos da criança, mas precisa ser feita com responsabilidade e apoio profissional. Em 2025, ainda há muitos desafios, mas também avanços importantes que tornam o processo mais justo e transparente.

O advogado é peça-chave na proteção das crianças em situação de vulnerabilidade, atuando para que a adoção aconteça com dignidade, segurança e respeito à lei.

Quer saber mais sobre adoção legal e como garantir os direitos da criança? Acesse nossas redes sociais @julianapbarretoadv e acompanhe conteúdos sobre direito de família e proteção à infância.

Volte para a HOME

A imagem destacada foi utilizada do site adocaobrasil.com.br

Juliana Barreto

advogada

deixe um comentario

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

postagens relacionadas

área de atuação

autismo

família

cannabis medicinal

contato

todos os direitos reservados - Juliana Barreto advocacia