A judicialização dos Tratamentos de Saúde em 2025 cresce no Brasil, especialmente entre famílias com pessoas autistas que buscam cobertura de terapias pelos planos. Entenda seus direitos.
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ToggleIntrodução
Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um aumento expressivo na judicialização dos tratamentos de saúde, especialmente entre famílias que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas dessas famílias enfrentam a dura realidade de ver Tratamentos de Saúde essenciais negados por planos de saúde e acabam recorrendo ao Poder Judiciário para garantir os direitos básicos de seus filhos. Em 2025, esse cenário se intensifica, impulsionado por uma combinação de negligência institucional, desinformação e a crescente conscientização sobre os direitos do paciente.
O que é judicialização da saúde?
Judicialização da saúde é o termo utilizado para descrever o fenômeno em que cidadãos precisam ingressar com ações judiciais para obter medicamentos, tratamentos de saúde ou procedimentos médicos que foram negados pelo sistema público ou privado de saúde. No caso de pessoas com autismo, os pedidos geralmente envolvem terapias como ABA (Análise do Comportamento Aplicada), fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicopedagogia.
O problema não está apenas na negativa em si, mas no fato de que, muitas vezes, a recusa vai contra recomendações médicas devidamente registradas.
Negativas frequentes dos planos de saúde
Mesmo com laudos médicos e a prescrição de tratamentos contínuos, muitos planos de saúde se recusam a custear terapias, alegando que elas não constam no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) ou que não são de cobertura obrigatória. No entanto, a Justiça brasileira tem se posicionado de forma cada vez mais protetiva aos beneficiários, reconhecendo a essencialidade desses tratamentos para o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas com TEA.
Alguns planos também tentam limitar o número de sessões semanais ou exigem constantes renovações de laudos, o que causa atraso e descontinuidade nos tratamentos de saúde.
Decisões judiciais favoráveis: uma esperança
Felizmente, a maioria das ações judiciais que visam garantir o acesso a tratamentos de saúde para pessoas com autismo têm sido vitoriosas. Segundo dados de tribunais estaduais e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mais de 70% das ações julgadas nesse campo resultam em sentenças favoráveis às famílias.
As decisões costumam ter como base a Constituição Federal, que garante o direito à saúde como um dever do Estado e um direito de todos. Também se baseiam no Código de Defesa do Consumidor, já que os planos de saúde prestam um serviço essencial.
Impactos da judicialização
Embora a vitória judicial represente um alívio, a judicialização impõe uma série de desgastes às famílias. O processo pode ser longo, burocrático e custoso. Isso sem contar o impacto emocional de ter que “lutar” por algo que deveria ser assegurado desde o início. Muitas famílias relatam frustração, medo e ansiedade ao enfrentar o sistema de saúde.
Outro impacto é o sobrecarregamento do Judiciário. Juízes, promotores e defensores públicos estão lidando cada vez mais com esse tipo de processo, que poderia ser evitado com políticas públicas eficazes e regulamentações claras sobre a cobertura dos planos.
O papel do advogado na defesa da saúde
Diante desse cenário, o suporte jurídico torna-se indispensável. Advogados especializados em direito à saúde são capazes de agilizar processos, reunir provas técnicas adequadas (como laudos médicos e pareceres) e pressionar planos e operadoras por meio de medidas liminares — que podem garantir o início do tratamento em caráter de urgência.
Em alguns casos, a atuação do advogado pode evitar até mesmo a necessidade de uma ação, apenas com a notificação extrajudicial adequada.
Como agir ao ter um tratamento negado
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Reúna toda a documentação médica, incluindo laudos, prescrições e histórico de tratamentos de saúde.
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Solicite formalmente ao plano de saúde a cobertura do tratamento e aguarde resposta.
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Negado? Procure orientação jurídica especializada para entrar com uma ação, de preferência com pedido de liminar.
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Denuncie à ANS caso perceba irregularidades ou abusos por parte da operadora de saúde.
Conclusão
A judicialização dos tratamentos de saúde no Brasil, especialmente entre famílias com pessoas autistas, revela um sistema falho que insiste em colocar barreiras entre o paciente e seu direito básico ao cuidado. Enquanto essa realidade persistir, o apoio jurídico será essencial para garantir dignidade e justiça. Mais do que números em processos, estamos falando de vidas que dependem de terapias contínuas e efetivas para florescerem.
Para saber mais sobre seus direitos e ter orientação jurídica especializada, acesse nossas redes sociais @julianapbarretoadv e acompanhe os conteúdos informativos sobre saúde, inclusão e justiça.
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Imagem via medicinasa.com.br